

Robbins, escritor e palestrante motivacional estadounidense, fala-nos, com propriedade, que se fizermos o que sempre fazemos, receberemos o que sempre recebemos.
No mesmo sentido a citação atribuída a Albert Einstein, o renomado físico teórico: Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes.
Tal entendimento é encontrado com Paulo, o Apóstolo, que, com profundo acerto, anotou [1]: Deixando os rudimentos da doutrina de Jesus, prossigamos até à perfeição, abstendo-nos de repetir muitos arrependimentos, porque então não passaremos de autores de obras mortas.
Para se repetir arrependimentos, só se retomarmos a prática dos mesmos desacertos anteriores.
Acontece assim? Vejamos.
No quadro das problemáticas sociais, vemos a ação, quando ela existe, quase sempre voltada para atender o efeito de algum evento, já manifestado ou acontecendo, não se remontando à causa efetiva, menos ainda agindo de modo preventivo, para se evitar a própria causa. Como exemplo, lembremo-nos das fortes chuvas que caem aqui e ali, causando alagamentos e muitos padecimentos. A cada chuva mais intensa, sabe-se, de antemão, onde se dará o alagamento. Vem chuva, vai chuva, chega sofrimento, sai sofrimento. Corrigir os problemas urbanos que evitariam tais tristezas, que é o que dita o bom-senso, e que seria bom, não acontece.
Na vida pessoal, no geral, dá-se o mesmo. Quantas são as situações que geram dissabores e grandes sofrimentos, que padecemos com amargura, mas, superado o momento de crise, passado certo tempo, em se apresentando nova oportunidade, repetimos os mesmos feitos, vindo a sofrer as mesmas consequências e, mais uma vez, repetimos as mesmas lamúrias e as mesmas promessas (que não serão cumpridas), sem empenho na correção efetiva no comportamento. Como exemplo, costume comum: a bebida alcoólica e seus efeitos prejudiciais no organismo, na família, na sociedade. Efeitos sabidos, antevistos, mas não evitados.
Diante de quadros comportamentais assim, bem concluiu e sublinhou Stephen Covey, escritor e pensador norte-americano: Não sou produto das minhas circunstâncias, mas, sim, das minhas decisões.
Existem milhares de crentes da Boa Nova nessa lastimável posição de estacionamento. São quase sempre pessoas corretas em todos os rudimentos da doutrina do Cristo. Creem, adoram e consolam-se, irrepreensivelmente; todavia, não marcham para diante, no sentidode se tornarem mais sábias e mais nobres, é o que comenta o Espírito Emmanuel [2].
Com nossas palavras, registramos apontamento de Allan Kardec, o notável Codificador da Doutrina Espírita, em que ele diz ser o verdadeiro espírita reconhecido pelas suas transformações morais e pelo esforço que emprega em domar, em superar, em vencer suas más inclinações, suas más tendências, seus hábitos infelizes.
E Emmanuel, Espírito, destacou [3]: Poderemos aderir de modo intelectual aos mais variados programas religiosos, navegarmos a pleno mar da filosofia e da cultura meramente verbalistas, com certo proveito à nossa posição individual, diante do próximo; mas, diante do Senhor, o problema fundamental de nosso espírito é a transformação para o bem, com a elevação de todos os nossos sentimentos e pensamentos.
As necessárias e urgentes mudanças que a sociedade pede e aguarda, nascerão no íntimo de cada um, quando reverem suas crenças, seus valores, reimprimindo no coração e nas ações o verdadeiro sentido existencial.
William James, um dos criadores da escola filosófica conhecida como pragmatismo e um dos pioneiros da Psicologia Funcional, colheu como fruto de suas observações: A maior descoberta de minha geração é que o ser humano pode alterar a sua vida mudando sua atitude mental.
E Allan Kardec assinala que a força do Espiritismo [4] está na sua filosofia, no apelo que dirige à razão, ao bom-senso. […] Quer ser por todos compreendido, porque chegados são os tempos de fazer-se que os homens conheçam a verdade. Longe de se opor à difusão da luz, deseja-a para todo o mundo. Não reclama crença cega; quer que o homem saiba porque crê. Apoiando-se na razão, será sempre mais forte do que os que se apóiam no nada.
Bem compreendido, o Espiritismo é mola propulsora de progresso pessoal e social, gerando novos e ricos conteúdos mentais, promovendo novos e edificantes comportamentos, estruturando nova organização social, a partir da família.
Em momento bastante objetivo e prático, os que desejem tomar contato por primeira vez e os que desejem saber mais sobre a Doutrina da Esperança e suas propostas para nossas vidas hoje, têm encontro marcado nos dias 15, 16 e 17 de março de 2019, no Expotrade, em Pinhais, PR, por ocasião da XXI Conferência Estadual Espírita, evento promovido pela Federação Espírita do Paraná, com entrada franca, contando com os reconhecidos conferencistas: Divaldo Pereira Franco, Alberto Almeida, Haroldo Dutra Dias, Sandra Borba Pereira e Sandra Della Pola.
Referências:
[1].BÍBLIA, N. T. Hebreus. Português. O novo testamento. Tradução de João Ferreira de Almeida. Campinas: Os Gideões Internacionais no Brasil, 1988. cap. 6, vers. 1.
[2].XAVIER, Francisco Cândido. Fonte viva. Pelo Espírito Emmanuel. 29. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003. cap. 83.
[3].__________. Vinha de luz. Pelo Espírito Emmanuel. 19. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003. cap. 81.
[4].KARDEC, Allan. O livro dos Espíritos. 82. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2001. Conclusão, item VI.